segunda-feira, 6 de abril de 2015

Resenha critíca sobre o filme Whiplash

Whiplash é um filme que trata de um garoto que quer virar um musico, mais precisamente baterista, porém tem um professor muito exigente, interpretado obviamente por J.K Simons, digo obviamente pois essa é a especialidade do ator, fazer papéis de pessoas rígidas e autoritárias. Porém neste filme ele tinha que ao mesmo tempo demonstrar a sensibilidade que um musico deve ter, e o ator consegue fazer isso com maestria, usando o olhar e pequenos gestos

O filme é sustentado por um tripé: A montagem, a direção e as atuações. A montagem ajuda a deixar o filme com um ritmo mais dinâmico, praticamente sufocante, pois é uma montagem rápida onde várias cenas curtas vêm como uma metralhadora no ritmo da música base do filme nos deixando sem tempo para pensar, e nos fazendo sentir no lugar do protagonista interpretado por Miles Teller. A direção além de usar esse ritmo frenético também faz o uso de tomadas muito fechadas, chamadas de "big close", focadas na face dos personagens ou em objetos específicos, esse tipo de tomada faz com que o espectador não consiga ver nada ao seu redor, reforçando o sentimento de estarmos na posição do personagem principal. No começo esse plano totalmente fechado incomoda um pouco, mas depois se percebe que isso é proposital, mostra que o protagonista está focado no seu sonho de se tornar um baterista e não liga para o mundo exterior. E para finalizar o tripé, as atuações são muito valorizadas graças a esse plano fechado, nos fazendo prestar muito mais atenção nos atores, que merecem os parabéns por atuar brilhantemente numa forma tão minimalista, precisando apenas de uma tremida de olho ou um mini sorriso de canto de boca para expressar as emoções. 

Quando o filme acaba você sente vontade de ser pressionado, de ter alguém que queira tirar o seu melhor, e de alguma maneira isso é até excitante, porque te deixa com vontade de sempre quere fazer mais, mostra que sempre você pode melhorar e se superar. E essa é a história do filme, a vida sobre pressão. Se você quer ficar na “vidinha mole”, não vai chegar a lugar nenhum, na vida precisamos correr atrás do que queremos e batalhar pra isso, essa é a mensagem que o filme passa.


Bruno Krieger

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